sábado, setembro 02, 2006

 

O sal das férias

A minha entrada num novo emprego sucedeu a cinco dias de férias numa casa serrana, em Rio Maior, que um amigo da família nos ofereceu.
Costumo compor um soneto por cada facto marcante da vida . O que segue deixei-o num postal de agradecimento ao casal anfitrião daqueles dias, Odete e António.

Rio Maior, o Rio em Agosto,
- O De Janeiro é em outro mês -
Tem aroma, "sal", encanto e gosto,
Que este Rio é nosso, é português.

O Rio é centro. À volta é cultura:
Alcobaça, Batalha, Caldas-Raínha;
Óbidos no castelo, bela e pura;
Sons da serra, rezando ladainha.

Fátima, altar do mundo, a paz
Dá a quem a busca, serenamente,
Na Fé, no Povo, e na Natureza.

As Grutas! - Catedrais que a terra faz;
Potes mouros; Antas de antigamente;
No vosso Rio corre esta beleza...

* "sal" porque há ali uma nascente de àgua riquíssima em cloreto de sódio - 96% (a do mar tem só 76%) que alimenta uma indústria artesanal de salinas surpreendente em plena serra dos Candeeiros; Potes Mouros são silos, cavados na pedra argilosa onde os mouros guardavam os cereais; há também, na freguesia de Alcobertas, uma anta monumental junto à igreja e uma nascente de água, chamada de Olhos de Àgua.

Comentários: Enviar um comentário



Página Inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?