domingo, novembro 05, 2006
Urbi et Orbi
É novembro e há outono na Cidade;
É outono, e há novembro no Mundo.
O U T O N A L
Salve-se a vida,
Enxuta,
Da folha caduca
Da perfídia.
E da agonia
Lenta
Da perda do emprego
Aos cinquenta.
E da burocracia
Empata do poder;
Com os pobres aos papéis
Nas desigualdades
Acrescidas.
E do declinar
Da acção abnegada;
E do cair do outono
Da solidariedade.
E das guerras
De mentiras mediáticas;
E do crime organizado
impune.
E da fome crua
De tantos povos;
E da usura criminosa
Dos bens de todos.
E da sida e da sorte
Dos pobres sem remédios;
E da traição do mundo rico
mudo e quedo.
Na queda geral
Haja quem se eleve;
E salve-se a honra
"In extremis"
De quem pode e deve.
Caem as folhas, caem
Mas com elas, não desmaiem.
É outono, e há novembro no Mundo.
O U T O N A L
Salve-se a vida,
Enxuta,
Da folha caduca
Da perfídia.
E da agonia
Lenta
Da perda do emprego
Aos cinquenta.
E da burocracia
Empata do poder;
Com os pobres aos papéis
Nas desigualdades
Acrescidas.
E do declinar
Da acção abnegada;
E do cair do outono
Da solidariedade.
E das guerras
De mentiras mediáticas;
E do crime organizado
impune.
E da fome crua
De tantos povos;
E da usura criminosa
Dos bens de todos.
E da sida e da sorte
Dos pobres sem remédios;
E da traição do mundo rico
mudo e quedo.
Na queda geral
Haja quem se eleve;
E salve-se a honra
"In extremis"
De quem pode e deve.
Caem as folhas, caem
Mas com elas, não desmaiem.