sexta-feira, dezembro 28, 2007

 

Rio das Flores

Estes dias mais vagos de Natal permitiram-me desfrutar do Rio das Flores, de Miguel Sousa Tavares, e, devo dizer, foi para mim uma leitura muito saborosa e instrutiva.
Este romance tem a eficiência de nos recordar a vergonhosa história da primeira metade do século XX, em Portugal e na Europa, também no Brasil, através de um enredo que se apodera de nós da primeira até à última das suas páginas.
Mas fiquei com a impressão de que esta obra podia ser menos extensa - penso o mesmo de outras obras do género, cujos autores perece quererem fazê-las render - umas quatrocentas páginas, bem expurgadas de gorduras, seriam, a meu ver, suficientes.
Eu não digo isto de forma leviana, já que encontrei ali pelo meio certos bocados de narrativa que nem me pareceram estar ao melhor nível deste excelente escritor.
Acho que os melhores não deviam trabalhar tanto. Mas, globalmente, Rio das Flores é um muito bom livro porque nos serve da mais relevante e rigorosa história dos povos a partir da levíssima e descontraída história de um romance.

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