segunda-feira, julho 21, 2008

 

Pe Horácio de Noronha:

Um Nobre ao Serviço dos Pobres e Oprimidos

Como eu gosto de pessoas assim: eruditos dos livros, estudam eternamente na escola dos pobres. Sabem latim e grego, conhecem as mais remotas etimologias das palavras caras, e, ainda assim, sabem falar com os excluídos de um modo que estes vêem mesmo do que lhes falam.

Estes homens não gritam lá de cima a dizer libertai-vos; e muito menos a dizer tende paciência. São um fermento, dando qualidade e esperança à massa dos espoliados; são estrelas de luz, sinalizando caminhos.
Ontem estive ao pé de um homem desta dimensão. Ao todo seríamos duzentos: admiradores, discípulos, companheiros. Fazia cinquenta anos de Padre. Fomos todos ter com ele para celebrar. Não levámos presentes, porque os não julgavamos necessários, não levámos palavras caras porque as não tínhamos. Estávamos com ele. Estávamos presentes. Éramos o seu presente.
Foi um dia inteirinho de celebração que culminou com uma celebração maior, a da partilha do Pão e do Vinho, e todos saímos dali saciados e fortalecidos. Nos olhos dos presentes - e o meu sentimento quero aqui dize-lo - estava uma expressão colectiva de que a Igreja pode precisar de padres, mas do que ela precisa mesmo é de padres deste modo.
Peço a sua bênção, Padre Horácio de Noronha.





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