terça-feira, agosto 19, 2008

 

O Dedo de Catalina

Catalina Pestana pôs o dedo na ferida, na sua crónica semanal em O Sol, de Sábado passado: alguns bispos foram excluindo determinados sacerdotes (suspensão a divinis), por estes levarem um pouco longe (de mais?) os seus deveres de cidadania, enquanto encobriram outros padres altamente delinquentes. Referia, nos primeiros casos, os padres Felicidade Alves e Martins Júnior, de quem se disse amiga; e no segundo caso, o famigerado padre Frederico, acusado de pedofilia e suspeito de assassínio.
Catalina, que é católica como eu, alegra-se com a reconsideração da Igreja acerca de Felicidade e de Martins, pois acabou por celebrar o Matrimónio do primeiro, já no fim da sua vida; e prepara-se para receber, de novo, Martins Júnior, com todos os seus direitos sacerdotais.
Não há dúvida de que a Igreja Católica, ao mais alto nível, esteve altamente comprometida com o regime salazarista e teve imensas dificuldades em adaptar-se aos tempos democráticos, por um lado, e, por outro, nunca foi capaz de reconhecer os ultrajes morais que iam ocorrendo no seu interior.
Mas devo saudar estes novos tempos e estas novas atitudes.





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