sábado, outubro 11, 2008

 

O Vício da Politica


O Partido Socialista de Matosinhos, juntou ontem, num jantar, 1700 pessoas para assinalar o terceiro aniversário de mandato do actual presidente da Câmara, Guilherme Pinto, e para lançar a campanha do partido pela reeleição deste, no próximo ano, ainda não contra os adversários dos restantes partidos, mas contra o anterior presidente, Narciso Miranda, igualmente do PS e também candidato.
Impressiona-me verificar como o poder vicia e como espectáculos fratricidas, tão prejudiciais, não demovem os seus notáveis protagonistas.
Não esqueço que foi na sequência de ver a absurda batalha campal entre Narciso e Manuel Seabra, no Mercado de Matosinhos, que sucumbiu de paragem cardíaca - e decerto também de desgosto - a grande figura que foi António de Sousa Franco.
Seria de esperar que entre camaradas e no contexto do serviço de cidadania, Guilherme e Narciso se sentassem à mesa, como antes Narciso e Seabra, e se perguntassem: será melhor avançares tu ou avançar eu, e, da resposta - também procurada junto do restante colectivo partidário - se seguisse para a batalha eleitoral com as diferentes candidaturas e projectos.
Mas, vá-se lá saber porquê, o PS tem já um historial de lutas intestinas que não parecem revelar grande dose de altruísmo, antes uma insaciável sede de permanecer num palco onde não cabem todos.
Por mim achei deprimente as duplas candidaturas socialistas: de Parcídio Sumavielle e José Ribeiro, em Fafe; de Agostinho Fernandes e Fernando Moniz, em V.N. de Famalicão; de Mário Soares e Salgado Zenha e de Manuel Alegre e Mário Soares, estas duas últimas duplas no campeonato nacional.
Eu gosto muito de politica, mas só daquela que harmoniza a disponibilidade com o desprendimento.

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