quinta-feira, janeiro 15, 2009

 

Saramago


José Saramago reitera agora o que disse no ano 2000, quando pôde "verificar, in loco, a que vida humilhante estavam condenados os palestinianos tanto na Cisjordânia como na Faixa de Gaza", visita que o levara a afirmar "ter encontrado ali o espírito de Auschwitz". É uma afirmação muito polémica, demasiado forte, mas as grandes figuras são, por vezes, chamadas a colocar as questões em determinados patamares de reflexão. Não me choca a comparação se ela servir para o encontro das justas soluções. O que se passa naqueles territórios é infame, é a ignomínia num dos seus mais elevados esplendores. Se Saramago vem ajudar, e as palavras também são armas de paz, oiçámo-lo e esqueçamos até que nunca ele condenou a indústria de matança do Gulag, do regime de Pol-Pot e outras. A hora é de pragmatismo e de objectividade. Contemos com Saramago e também com outros senhores que possam dizer de forma diferente. Não podemos desperdiçar boas-vontades.

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