domingo, junho 28, 2009

 

Messias e Salvador...


Julgo que é um mau negócio para todos, esse da candidatura do Padre Salvador Cabral a presidente da Assembleia Municipal de V. N. de Famalicão, e, mais ainda, penso que esta opção vai ser entendida pelos cidadãos mais como uma jogada ou oportunismo do Partido do que por um serviço de missão do Padre.
Devo fazer já o meu duplo registo de interesses: sou católico e geralmente eleitor do Partido Socialista. Na Igreja sou militante da sua Doutrina Social; e no Partido Socialista sou simpatizante, e, quantas vezes, propagandista informal das suas políticas, mormente das suas políticas sociais. Sou leigo, e, no meu caso, não vejo qualquer incompatibilidade até de me comprometer mais. Mas com os padres é diferente. Eles bem o sabem que não é possível serem dois em um, e, por opção ou por imposição, o padre-candidato vai, muito seguramente, exercer só e apenas uma das funções: o arcebispo não permitirá o exercício do sacerdócio paroquial durante a campanha, e, se o candidato for eleito, certamente dispensará de pároco o novel presidente.
Eu sou também famalicense, nascido em Joane, e impressiona-me que o PS concelhio não tenha agora em todo o concelho nem dois militantes capazes para propor aos cargos de Presidente da Câmara e de Presidente da Assembleia Municipal. Desta vez, fruto da crise, tem de pedir emprestados dois rostos independentes. Mas há oito anos tinha até candidatos a mais e só ao cargo de presidente da autarquia apresentou dois militantes. Lembram-se? Eram eles Agostinho Fernandes e Fernando Moniz. Nessa altura, despedidos com justa causa, foram ambos para casa. Agora (traumatizados?) ficam os dois em casa.

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