segunda-feira, novembro 30, 2009
Dúvidas Minhas - 1
Se se diz:
1 - Eu penso isto; e
2 - Eu estou convencido disto;
Então, não deveria dizer-se:
1 - Eu penso que; e
2 - Eu estou convencido de que?
Ora, no jornal Público não entendem assim.
Ali estão sempre convencidos que.
domingo, novembro 29, 2009
Banco Alimentar... da Fome!?
Das três vezes que fui ao supermercado neste fim-de-semana, por três vezes deixei um pequeno contributo junto dos voluntários do Banco Alimentar Contra a Fome que ali estavam nestes dias de campanha de recolha de géneros.
Mas devo assinalar a minha perplexão diante de uma sociedade que fabrica pobres todos os dias, com inúmeras estratégias especulativas, e depois aparece tão compadecida diante das suas vítimas.
Não será que, deste modo, ao matarmos a fome aos pobres estamos, também, a alimentar situação?
sexta-feira, novembro 27, 2009
Amar não é Pecado!

E porque os simpáticos estudantes entrevistados anunciavam ali o seu blogue colectivo e deixavam endereço - era o blogue "canonices" -, eu resolvi abrir o dito e deixei comentário. Dizia eu, com palavras respeitosas de leigo católico interessado, que o referido candidato a padre deveria lutar pelo direito de ser, em simultâneo, um chefe de família exemplar e um digno sacerdote, se era esse o seu desejo. Eu estou a citar-me de cor, mas lembro-me de escrever ainda que deveriam ao menos os futuros padres ir abordando na instituição a questão do chamado celibato opcional, dado estar eu muito consciente de que o Matrimónio dos padres era ainda um assunto absolutamente tabu no seio da Igreja.
Ora o meu comentário esteve disponível naquele blogue cerca de vinte e quatro horas, findas as quais foi removido pelos proprietários, bem como foi retirada a disponibilidade de comentários posteriores.
Agora, ao receber eu a notícia de que um tal padre Rui Pereira abandonou o ministério sacerdotal "para fugir com uma mulher", eu lembrei-me daquele episódio, e, se a memória não me falha, o padre daquelas declarações e do subsequente meu comentário é este mesmo. Não é isto incrível?
Devo, pois, terminar este meu post com um apelo ao próprio Papa: Santidade, "deite abaixo esse muro", o muro do celibato obrigatório e do sacerdócio exclusivamente masculino.
E devo ainda deixar a minha palavra de admiração pelo sacerdote apaixonado: senhor padre, seja feliz, que amar não é pecado! Pecado são, seguramente, algumas vidas duplas que há por aí, assentes em supostas santidades públicas e em sexualidades irresponsáveis, secretas, infantis e criminosas.
segunda-feira, novembro 23, 2009
Temas de Braga - 25


Registo que a assembleia, por unanimidade, se associou ao luto do Bloco, mas este partido recusou retribuir, abstendo-se na votação que evocou um dos mais marcantes líderes espirituais da cidade.
Penso que o Bloco de Esquerda esteve muito mal, pois já não se usa este tipo de sectarismo que desrespeita e ofende uma importante sensibilidade da nossa urbe plural, progressista e solidária.
Finalmente, registo a atitude respeitosa de todos os adversários do Bloco diante do seu falecido dirigente; e a postura muito distinta e institucional do Partido Comunista que não duvidou no pesar pelo sacerdote.
Finalmente, registo a atitude respeitosa de todos os adversários do Bloco diante do seu falecido dirigente; e a postura muito distinta e institucional do Partido Comunista que não duvidou no pesar pelo sacerdote.
domingo, novembro 01, 2009
Com a devida Vénia - 16
"Dentro da classe médica, há quem reaja de modo incomodado à perspectiva de se legislar o chamado "testamento vital". Porquê? Fundamentalmente, porque estes membros da classe médica se acham os representantes da defesa dos melhores interesses dos cidadãos doentes (...) mesmo que não os conheçam de lado nenhum e, mesmo assim, os tratem por tu.
(...) Se a classe médica soubesse sempre, na mera audição de um conserto, identificar o som de um instrumento de cordas com o de um violino e, mais ainda, conseguisse reconhecer nesse violino o som de um Stradivarius, poderia contemplar a hipótese de depositar nela uma confiança última. Mas como tenho imensas razões para desconfiar do ouvido musical da classe, (...) deixem que seja eu a ter a última palavra, mesmo que não gostem da minha música e eu própria até já não a possa tocar, embora tenha deixado as pautas necessárias à sua execução."
In "O testamento vital e a defesa dos interesses dos cidadãos", texto da professora universitária bracarense Laura Ferreira dos Santos, dado a lume no jornal Público de hoje,